A Diamang
Companhia de Diamantes de Angola
Fundada em 1917, a Diamang – Companhia de Diamantes de Angola, sucede a uma empresa de prospecção, a PEMA – Pesquisas Mineiras de Angola. Esta empresa fora constituída em 1912, com o propósito de proceder à delimitação de jazidas diamantíferas no Nordeste de Angola, na bacia hidrográfica do Cassai, numa área de fronteira com o Congo Belga concessionada à Forminière – Société Forrestière et Minière du Congo, cuja exploração mineral fazia prever a continuidade das jazidas do lado português da referida bacia hidrográfica.
Foi, de resto, sob o impulso da Forminière que se criou a PEMA, a qual transmite os seus direitos de prospecção e exploração à Diamang em 1917. A Diamang é constituída com capitais portugueses – da firma Henry Burnay & Companhia, depois Banco Burnay e do Banco Nacional Ultramarino; belgas – da Société Générale de Belgique e da Mutualité Coloniale; franceses – da Banque de l’Union Parisienne, e dos Estados Unidos da América – do grupo Ryan-Guggenheim. A este grupo inicial virão a juntar-se outros ao longo do tempo.
A sede da Companhia fixou-se em Lisboa, tendo, inicialmente, escritórios em Bruxelas, Londres e Nova York.
A Diamang estabeleceu-se numa área de cerca de 52.000 km2, que praticamente cobria as actuais províncias das Lundas Norte e Sul. Confinava, a oeste e sul com o restante território de Angola, a sudeste com a actual Zâmbia (então, Rodésia do Norte) e a norte e nordeste com a atual República Democrática do Congo (o então Congo Belga e depois Zaïre). A escassos doze quilómetros a sul da atual R.D.C., situa-se o Dundu, povoação fundada pela Diamang, e que constituiu o seu centro administrativo na Lunda e é onde se localiza o Museu do Dundu.